
Joaquim Evangelista
Ouvido pela TSF, o presidente do Sindicato dos Jogadores defende que Gilberto Madaíl «tem um dever para com o futebol» e lamentou que candidatos e potenciais candidatos à presidência da FPF pouco tenham falado sobre futebol.
O presidente do Sindicato dos Jogadores considera que Gilberto Madaíl se deve envolver no acto eleitoral que vai decidir o próximo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, até porque a sua gestão, com alguns erros, tem sido positiva.
Em declarações à TSF, Joaquim Evangelista entende que o ainda presidente da FPF «tem um dever para com o futebol», depois de ter «contribuído para colocar a Federação Portuguesa na posição desportiva em que se encontra no plano internacional».
Este líder sindical recordou que Portugal é actualmente a «sétima equipa do ranking mundial» e que a FPF está numa «situação financeira estável», tendo Gilberto Madaíl contribuído «para credibilizar o futebol português».
«Acho que é obrigação dele envolver-se, directa ou indirectamente, para que o seu sucessor seja digno desta herança que recebe», acrescentou Joaquim Evangelista, que frisou que o sindicato que representa ainda não uma opinião formada sobre quem vai apoiar para presidente da FPF.
Joaquim Evangelista lamentou ainda o facto de os candidatos e potenciais candidatos à sucessão de Gilberto Madaíl «pouco terem dito sobre aquilo que é o futebol português» e espera que estes «tenham a responsabilidade de não contribuir contribuir com mais ruído».
«Contribuam com ideias e que defendam o futebol, porque o que está em causa é o futebol. Quem defender o futebol português defende os interesses de clubes, jogadores e treinadores. Aparentemente, estou a ver muito jogo de bastidores e muito posicionamento em relação ao que parece ser mais importante: a arbitragem», acrescentou.
Ao contrário, Evangelista defende que o «centro da discussão» devem ser as «reformas que o futebol português necessita e não os interesses individuais dos clubes e corporações que existem no futebol português».
O presidente deste sindicato mostrou-se ainda preocupado com os apoios que Filipe Soares Franco, candidato à presidência da FPF, tem recebido de «associações ligadas ao passado mais recente e ao que mais mau existe no futebol português».
Quanto ao apoio dado pela Liga de Clubes a Fernando Gomes, que ainda está a estudar uma eventual candidatura à presidência da FPF, Joaquim Evangelista acha que o actual presidente da Liga não pode ficar condicionado aos apoios que tem caso se candidate a «governar o futebol português».
«Tem de ter consciência de que vai gerir um todo. Reconheço que os clubes vejam em Fernando Gomes qualidades e idoneidade para o exercício do cargo e é legitimo que suportem a sua candidatura. Se decidir avançar estou convencido de que saberá posicionar-se», concluiu.