Os juros da dívida portuguesa bateram, esta segunda-feira, novos recordes nos títulos a dois e dez anos. A bolsa portuguesa abriu também a semana em queda.
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Os juros da dívida portuguesa bateram, esta segunda-feira, novos recordes nos títulos a dois anos, que quase chegaram aos 18 por cento, e a dez anos, cuja taxa atingiu os 13,3 por cento.
Na bolsa portuguesa, o índice PSI20 abriu a cair dois por cento, com o sector financeiro a ser o mais penalizado, uma têndência que é seguida na maior parte das praças financeiras europeias.
Ouvido pela TSF, o gestor de activos Tiago Ribeiro Pereira consiiderou que os rumores do contágio da crise a Itália estão por detrás desta queda, contágio que «têm de ter resposta firme dos governos europeus».
«Seria uma situação absolutamente dramática, porque enquanto Portugal tem uma dívida total de cerca de 150 milhões de euros, a Itália é mais de dez vez superior», afirmou este gestor do Banco Carregosa.
Por este motivo, o «mercado está a prestar limites e os limites são até que ponto é possível ganhar dinheiro, porque é possível ganhar dinheiro com o mercado a cair».
«O que se passa neste momento é a banca a sofrer, porque são muitos investidores e especuladores no bom sentido, porque tentam ganhar dinheiro para os seus investidores, a ver até que ponto é que o mercado é capaz de suster, aguentar e dar a volta, mas, neste momento, está extremamente complicado», concluiu.