O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu que «em alguns setores da economia, existem interesses instalados», que são «um fator do atraso económico português».
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À margem da cerimónia de doutoramento 'honoris causa', na Universidade Técnica de Lisboa, José Manuel Durão Barroso disse que «em alguns setores da economia há interesses instalados, interesses que resistem à mudança, que beneficiam de acesso especial ao Estado, de garantias que são dadas por uma legislação de proteção».
Para o presidente da Comissão Europeia, estes interesses instalados são «um fator do atraso económico português, porque quando há setores fechados, privilégios e interesses que vivem à sombra do Estado, impede inovação, modernização e uma concorrência mais leal».
Em declarações aos jornalistas, Durão Barroso considerou que Portugal está a avançar «no bom sentido», alertando que, no entanto, não há margem para ilusões: «Vai haver um ano difícil em 2012, esperamos que, em 2013, a situação económica comece a melhorar».
«Ainda hoje a Comissão Europeia apresentou uma análise da situação portuguesa, mostrando que se está a avançar no bom sentido, mas sem qualquer ilusão», acrescentou.
[Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico]