
CGTP
Direitos Reservados
A CGTP acusou, no Fórum TSF desta sexta-feira, o Governo de estar a tentar «vender gato por lebre» ao falar sobre a hipótese de trocar pontes e feriados por dias de férias.
Arménio Carlos acusou o Governo de se mostrar «disponível para deixar cair o aumento do horário de trabalho» e simultaneamente reduzir os dias de feriados e férias.
Em causa está a proposta, em cima da mesa na concertação social, de as pontes poderem ser contadas como dias de férias.
Se as medidas propostas fossem para a frente, alertou o sindicalista, os trabalhadores perderiam por ano «quatro feriados e três dias de férias», o que «corresponde a sete dias de trabalho gratuito».
Na visão de Arménio Carlos, estas medidas não contribuem «rigorosamente nada para a competitividade das empresas», até porque em Portugal os custos empresariais com salários «não ultrapassam os 14 por cento».
«Há outros problemas graves nas empresas», como a falta de «facilitação ao crédito», «a necessidade de organização e gestão», a necessidade de «investimento na modernização e no valor acrescentado da produção e dos serviços que vendem» e ainda de trabalhar para a motivação e para o respeito pelos direitos dos funcionários, disse.
Arménio Carlos acusou ainda o Ministério da Economia e do Emprego de estar transformado num «ministério patronal para impor à viva força aquilo que são as propostas e os projectos de relações de trabalho em Portugal defendidas pelas entidades patronais».