O governador do Banco de Portugal garantiu, esta sexta-feira, que a banca continua robusta, apesar do ambiente de stress, e a preparar-se para continuar a financiar a economia.
Corpo do artigo
Os resultados negativos no sector «têm de ser expurgados dos factos excepcionais se os queremos ler numa perspectiva de médio prazo», disse, frisando: «Os bancos portugueses têm um resultado positivo, excluíndo esses factores, embora baixo».
Os bancos estão «muito mais robustos para fazer face às dificuldades que resultam naturalmente de uma conjuntura económica menos positiva», sublinhou.
Por outro lado, assegurou, «os bancos também estão a gerir o seu balanço em ordem a conseguir continuar a financiar a economia».
«Temos bancos mais robustos, mais arrumados e mais preparados para fazer face a um ambiente que não é favorável, porque as famílias e as empresas estão debaixo de stress e isso comunica-se ao sistema bancário», vincou.
Carlos Costa, que participou esta sexta-feira numa conferência organizada em Lisboa pela Associação Portuguesa de Bancos, congratulou-se por a banca, apesar das dificuldades, manter o financiamento da economia.
«Para o Banco de Portugal, é muito importante que se assegure o financiamento da economia, que há-de gerar o crescimento que é necessário para compensar os efeitos negativos» da crise, disse.
Carlos Costa frisou que um dos quatro motores da economia é a exportação, sendo o «crédito o combustível para esse motor, que há-de arrastar a economia».