
Makro
A Makro não quer reduzir o número de lojas ou de investimentos em Portugal, apesar de ter proposto aos 1.500 funcionários a possibilidade de rescindirem contrato ou passarem para tempo parcial.
O diretor de comunicação da Makro Portugal, António Pinheiro, disse à Lusa que «não se trata de deixar de operar nem de reduzir o número de lojas» existentes em Portugal, pretendendo a empresa obter «ganhos de produtividade e otimização de recursos» com a redução dos seus quadros, que possuem alguns «excedentários», depois dos investimentos feitos em tecnologia e «novos modelos operacionais».
A Makro informou por escrito os seus 1.500 trabalhadores em Portugal de que poderiam optar pela rescisão de contrato ou, caso trabalhem em lojas, escolher reduzir o horário, havendo um período de reflexão até ao final de março, na sequência do qual vai ser feita uma avaliação pela administração de que processos vão ser aceites.
«Em última análise, se toda a gente aceitasse deixaríamos de poder funcionar», declarou António Pinheiro, acrescentando que não há um número traçado para a redução de pessoal, algo que vai variar consoante os níveis salariais de quem optar por rescindir.
Há cerca de três anos, a Makro efetuou um processo de despedimento coletivo, uma opção que é completamente descartada pela empresa neste momento, adiantou o diretor de comunicação da marca pertencente ao grupo alemão Metro Cash & Carry.
Em comunicado, a Makro explicou que «necessita racionalizar e reduzir o número de efetivos da sua força laboral. Custos mais baixos e maior eficiência operacional são essências para garantir a competitividade necessária no mercado atual».
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Manuel Guerreiro, o desfecho da Makro acabará por ser o despedimento coletivo.