O Conselho das Finanças Públicas considera demasiado otimistas as previsões macroeconómicas do Governo inscritas no documento de estratégia orçamental 2012-2016. Para o PS há avisos que o conselho faz e que deviam ser tidos em conta.
No primeiro relatório produzido pelo Conselho das Finanças Públicas, que é presidido pela economista Teodora Cardoso, sugere-se que as previsões passem a ser feitas por uma entidade independente que deve preparar dois cenários incluindo um deles os efeitos esperados das medidas propostas.
O conselho elogia também o esforço que está a ser feito pelo pais no cumprimento do acordo com a troika. No documento hoje revelado diz-se também que o executivo deve racionalizar a função publica em vez de fazer cortes de congelar de modo horizontal as remunerações dos funcionários do Estado.
Para o Partido Socialista (PS) há avisos que o Conselho de Finanças Públicas faz e que deviam ser levados em conta. O deputado João Galamba diz que, ao contrário do executivo, o conselho não é omisso no efeito que terão determinadas opções.
«O Conselho de Finanças Públicas fala dos vários riscos orçamentais e faz uma critica ao Governo, que me parece bastante pertinente, a ideia de que não há uma tentativa de perceber a correlação entre os riscos, ou seja, em que medida por exemplo é que o desemprego pode afetar a solvabilidade das famílias, levando a um aumento de falências», destacou João Galamba.
«Ou seja, riscos cruzados. Portanto, nós devemos ver todos os riscos para a execução orçamental de forma integrada. E esse parece-me uma critica que o Governo devia ter em conta», reforçou.
No entanto, o deputado do PS deixa uma critica ao Conselho das Finanças Públicas. João Galamba entende que há contributos no documento, hoje revelado, que ultrapassam o âmbito de atribuições do órgão independente.