A associação que representa os hotéis e empreendimentos turísticos pede a intervenção da ASAE sobre este tipo de alojamento, cuja dimensão não é conhecida.
A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) está preocupada com a «concorrência desleal» do chamado alojamento paralelo.
Esta associação lembrou que a falta de fiscalização e controlo sobre o alojamento paralelo «que não oferece condições» afeta também o Estado por causa da fuga aos impostos.
Com o aproximar da época alta, o presidente da AHETA apelou à ASAE para fazer «incidir a sua ação fiscalizadora neste tipo de alojamento que concorre de forma desleal com a oferta legalizada».
«É impossível determinar com rigor quanto ascende este alojamento, mas sabemos que é muito importante e significativo e têm um efeito negativo não apenas nas unidades hoteleiras e nos empreendimentos turísticos, mas também nos cofres do próprio Estado», lembrou Elidérico Viegas.
Também ouvido pela TSF, o presidente do Turismo do Algarve diz que já deu conta desta situação à secretaria de Estado, mas reconheceu que é difícil saber a extensão desta ilegalidade.
«Há quem fale em 200, 300 ou 400 mil camas que não pagam impostos e que prejudicam a hotelaria oficial. Sei que não é uma matéria fácil de resolver, mas também não é impossível, porque creio que não há impossíveis», explicou António Pina.
Este responsável adiantou que é possível que haja alguma ação sobre «três ou quatro casos significativos» deste tipo de alojamento através do visionamento dos sites que o proporcionam, forçando a que este entre no chamado alojamento local, que paga impostos.