O Governo prepara-se para ir buscar aos impostos a maior fatia para reduzir o défice do próximo ano, adianta o Diário Económico na edição online. O corte na despesa não vai além dos 19%.
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O peso da receita na redução do défice no próximo ano corresponde a 81 por cento. O corte na despesa não representa mais do que 19%. É o que mostra um documento, a que o Diário Económico teve acesso, e que integra o Orçamento do Estado hoje aprovado em conselho de ministros.
O mesmo documento estima um aumento da receita superior a quatro mil e 300 milhões de euros, sendo que a maior fatia vai chegar via IRS: dois mil e 810 milhões de euros, o equivalente a 1,7 7% do PIB. Já o IRC vale 225 milhões de euros.
Já as mexidas nos impostos sobre a produção e importação como o IMI e o imposto de selo, por exemplo, vão significar 730 milhões.
De acordo com o Diário Económico, o corte na despesa não vai além dos mil e vinte cinco milhões de euros, já que ao bolo de perto de dois mil e 700 milhões vai ser preciso retirar os gastos com a reposição de um subsídio aos funcionários públicos e de 1, 1 subsidios aos pensionistas.
Mesmo do lado da despesa, o esforço de consolidação
recai sobre as pessoas, já que o Governo espera poupar 726 milhões e meio em encargos com pessoal e cortar mais de mil milhões em prestações sociais.
A redução de consumos intermédios e investimento das admnistrações públicas vai gerar uma poupança de pouco mais de 626 milhões de euros.
As contas ao peso da austeridade na consolidação orçamental foram também feitas jornal eletrónicio Dinheiro Vivo que, sem revelar as parcelas, aponta para uma discrepância ainda maior: 85% do lado da receita e apenas 15% do lado da despesa.