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Segundo um estudo da Mercer, os aumentos ligeiros em algumas empresas são compensados pela substituição de funcionários que entram com salários mais baixos para as mesmas funções.
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As empresas portuguesas vão continuar em 2014 uma tendência de diminuição dos custos do trabalho, revela um estudo da consultora Mercer.
De acordo com este estudo, esta diminuição é conseguida à custa de trabalhadores com salários mais baixos, ao passo que para os funcionários com contratos mais antigos a política salarial tem sido de grande contenção.
Analisando 300 empresas presentes em Portugal, que representam um universo de mais de 110 mil postos de trabalho, a Mercer concluiu que um terço das firmas congelou os salários em toda a estrutura.
As restantes empresas vão praticar aumentos entre um e dois por cento em 2014, aumentos ligeiros que são compensados pela substituição de funcionários que entram com níveis salariais mais baixos para as mesmas funções.
Em declarações à TSF, o responsável por este estudo, Tiago Borges, explicou que a «lei da oferta e da procura aplicada ao mercado de trabalho e devido à elevada taxa de desemprego tem levado a que as pessoas que entram para determinadas funções estejam a aceitar valores salariais abaixo do que era o standard há dois, três ou quatro anos».
Em 2013, a quebra das despesas com pessoal foi maior nas direções-gerais e administrações com uma descida de quase cinco por cento, sendo que na área de vendas verificou-se uma descida de perto de 1,5 por cento.
Ainda assim, a quase totalidade das empresas mantém uma política de incentivos às empresas, incluindo bónus anuais ou trimestrais no caso da área de vendas.
Ainda de acordo com este estudo da Mercer, 90 por cento das empresas oferecem um plano médico, 60 por cento seguros de acidentes pessoais e de vida e quase 40 por cento concedem aos seus trabalhadores um complemento de subsídio de doença.