
José Silva Peneda
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José Silva Peneda concorda com Teodora Cardoso. O presidente do CES defende que no estado em que a economia do país se encontra, não é possível manter o regime atual de pensões.
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Em declarações à TSF, Silva Peneda defende que «é evidente que o regime de pensões só pode funcionar quando a economia cresce e quando cria muito emprego. O nosso problema neste momento nas questões sociais têm a ver fundamentalmente com o aumento do desemprego, porque é mais dinheiro que sai para os subsídios de desemprego e é menos dinheiro que entra, pois quando as pessoas estão empregadas descontam para a Segurança Social».
«É muito difícil fazer contenção orçamental sem que a economia cresça. Até agora temos assistido a um esforço muito grande, mas essa contenção tem sido algo desequilibrada porque do lado do crescimento da economia não se atua com a mesma força», acrescenta.
Ontem, também a economista Teodora Cardoso defendeu que a manutenção do atual regime de pensões só é possível com uma economia saudável, baseada na produtividade e emprego.
Silva Peneda, nesta entrevista à TSF, considera ainda que o Governo não geriu da melhor forma a informação relativa aos cortes nas pensões de sobrevivência.
O Conselho Económico e Social (CES) vai hoje analisar e votar o parecer sobre as Grandes Opções do Plano (GOP). A versão preliminar desse parecer, revelada no passado fim-de-semana, apontava criticas ao otimismo das previsões do Executivo e apontava para riscos de rutura social e da falta de uma estratégia para travar o desemprego.