
No programa "O Estado da Nação", da TSF e DN, o presidente da REN considerou que se trata de um «slogan» a expressão 'rendas excessivas na energia' porque, no seu entender, era necessário dizer onde estão e como se podem resolver.
«O problema é o preço da energia. O preço da nossa energia, por exemplo, é perfeitamente comparável com o preço em Espanha. Outra coisa é rentabilidade das empresas produtoras e das empresas distribuidoras», disse Rui Vilar.
O presidente da REN sublinhou que «uma parte daquilo a que se atribuem as rendas excessivas resulta de contratos que foram estabelecidos pelo Governo, quando exigiu das empresas determinados níveis de capacidade produtora, visto que na energia nós não podemos responder apenas a médias de consumo, temos que ter as redundâncias necessárias para responder a picos ou a situações anormais».
Rui Vilar defendeu ainda que a Península Ibérica constitui uma alternativa importante à Rússia em termos de abastecimento energético.
«Há uma enorme dependência da energia com origem na Rússia. Os países bálticos, por exemplo, que dependem a 100% do gás russo, a Alemanha depende à roda de 37% do gás russo, a Ucrânia depende a 100% e, portanto, era o momento para que a Europa reforçasse os seus sistemas de interligação e reforçasse as capacidades que existem e que podem existir em termos de termos sistemas alternativos que nos dessem poder negocial diante da Rússia», defendeu.