
Novo Banco
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O diretor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa diz ter informações de que o «Estado português já obteve garantias junto de Bruxelas de que este acréscimo de défice é reconhecido como totalmente extraordinário».
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A injeção de 4400 milhões de euros de dinheiro público no Novo Banco não vai contar para o défice oficial e «não requererá medidas adicionais de austeridade», indicou o economista José Ferreira Machado.
Ouvido pela TSF, o diretor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa explicou contudo que se o "banco bom" que saiu da divisão do BES não for vendido em 2014 o défice pode aumentar 2,6 pontos percentuais este ano.
«Pode afetar o défice de um ponto de vista contabilístico se não for ressarcível. Não representa dívida adicional porque a dívida estava contraída junto do Fundo de Recapitalização, mas ao ser usada repercute-se no défice», adiantou.
No entanto, «ao que julgo saber, o Estado português já obteve garantias junto de Bruxelas de que este acréscimo de défice é reconhecido como totalmente extraordinário e temporário, portanto não será considerado défice excessivo».
José Ferreira Machado adiantou ainda que «se a venda não permitir cobrir os 4,4 milhões o Fundo de Resolução cobrirá a diferença e deste modo o contribuinte não será penalizado».
«Do ponto de vista do défice, quando o banco for vendido esses 4.4 milhões serão sempre abatidos instantaneamente ao défice. Daí não causar preocupação em termos de sustentabilidade das finanças públicas», concluiu.