Petrolíferas avisam: combustíveis simples não vão ter os preços dos supermercados

Global Imagens/Natacha Cardoso
A associação do setor fala em expetativas sem sentido. Os supermercados têm menos custos e pretendem atrair clientes para outras vendas. As petrolíferas avisam que os combustíveis simples que todas as bombas serão obrigadas a vender vão descer muito poucos cêntimos os preços.
Uma descida que, a existir, vai ficar muito longe dos valores que se praticam nas bombas dos supermercados. O aviso é da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, que representa petrolíferas como a GALP, a BP, a Repsol ou a Cepsa, e que diz ser impossível satisfazer as expectativas criadas depois da lei aprovada no início do mês. "low cost" são aqueles que se vendem nos supermercados e que a nova lei apenas obriga as bombas 'de marca' a ter combustíveis simples, ou seja, sem aditivos.
As petrolíferas argumentam que os supermercados vendem combustíveis 12 a 14 cêntimos mais baratos, os chamados "low cost", porque têm um modelo de negócio diferente, sem os custos de uma petrolífera (localização das bombas em zonas mais caras; desenvolvimento tecnológico; etc.). Além disso, o objetivo dos supermercados não é vender gasóleo ou gasolina mas atrair clientes para comprarem outros produtos nas lojas.
À TSF, António Comprido explica ser cedo para perceber quanto vão custar os combustíveis simples, sem aditivos, que as bombas de marca serão obrigadas a vender. Contudo, as petrolíferas garantem que a diferença, a existir, em relação ao que já vendem, vai ser mínima: «Será menos, muitos menos de meia-dúzia de cêntimos, isso posso garantir. Estamos na casa dos muito poucos cêntimos que é o que custa uma aditivação média».
As petrolíferas ainda estão a tentar perceber como é que vão vender os combustíveis simples e se terão, por exemplo, de fazer obras nas bombas ou usar as mangueiras que já existem. A lei que os obriga a vender estes produtos foi aprovada no início do mês no Parlamento mas ainda não foi publicada em Diário da Republica.