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O rótulo que indica a classe de eficiência energética pesa pouco na hora de comprar um frigorífico ou uma máquina de lavar roupa.
Os portugueses não escolhem os frigoríficos com o rótulo ecológico mais eficiente, que corresponde à classe "A+++".
Um estudo europeu, no qual a Quercus participou, revela que na última década as opções de compras dos consumidores levaram a que na Europa, o consumo de energia dos frigoríficos baixasse vinte e cinco por cento. Acontece que em Portugal, o cenário é exatamente o oposto. O consumo médio dos frigoríficos e congeladores, vendidos entre 2004 e 2014, é superior a 15kWh por ano.
Para esta tendência, Francisco Ferreira da Quercus aponta duas razões. Os portugueses optam pelos "eletrodomésticos com menos eficiência energética e compram os frigoríficos que têm maior dimensão dos compartimentos de congelação".
A classe "A +" é agora a classificação energética menos eficiente para os frigoríficos. O mesmo acontece para as máquinas de lavar. Também neste departamento, os portugueses estão a fazer opções acima das suas necessidades.
Francisco Ferreira, da Quercus, explica, na TSF, que muitos consumidores escolhem máquinas de elevada capacidade, para 8 ou 9 quilos de roupa, mas depois "não aproveitam o volume total por lavagem". Também acontece, que muitas vezes optam por lavra em "meia carga", mas o aparelho não está adaptado para essa função, gastando tanta água e energia como se estivesse cheia.