
DR/Saboreal
Três jovens, dois portugueses e um belga, o mais velho com 34 anos, criaram uma empresa conserveira artesanal diferente. A única na zona de Portimão, uma cidade onde, em tempos, já existiram mais de 20 conserveiras.
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Conservas de carapaus com cenouras e coentros, ou cavalas com azeitonas e amêndoas torradas. Tudo em boiões de vidro. São produtos diferentes que dois portugueses e um belga estão a criar numa pequena empresa conserveira artesanal, em Ferragudo, no Algarve.
A ideia partiu de Vicent Jonckheere, professor universitário de economia na Bélgica, depois de visitar o Museu de Portimão. Um museu que expõe um grande espólio da indústria conserveira numa terra onde, no passado, existiram mais de 20 fábricas. "Eu saí dali a pensar como era incrível não haver
uma fábrica de conservas de peixe nesta região", lembra o belga. A partir desse dia decidiu avançar e, em parceria com dois portugueses, criou a empresa Saboreal, em Ferragudo.
Um dos sócios, André Teixeira, armador de pesca, tem a mais valia de conhecer os produtos da terra.
"Podemos utilizar o peixe dos meus barcos nas conservas e além disso eu conheço os pescadores locais, o que me garante peixe fresco", salienta o jovem armador de 28 anos.
Além dos filetes de sardinha, cavala e carapau em azeite, vendidos em frascos de vidro, há também as tapas gourmet, onde se incluem as cavalas com amêndoas torradas,. Produtos que já estão à venda nalguns restaurantes e lojas gourmet locais. "Queremos começar por aqui, passar para as lojas nacionais e depois começar a exportar", sonha André. A produção é ainda pequena, cerca de 60 quilos diários, mas a Saboreal quer duplicá-la brevemente.