
O Automóvel Clube de Portugal anunciou, esta quinta-feira, ter uma «forte convicção» de que existe uma possível concertação de preços, e uma evolução assimétrica dos preços dos produtos refinados nos períodos de subida e de descida das cotações do crude.
O Automóvel Clube de Portugal anunciou, esta quinta-feira, em declarações à agência Lusa acreditar que existe uma possível concertação de preços, entre os operadores de mercado.
Esta conclusão é baseada numa análise da evolução dos preços do gasóleo e da gasolina super 95 octana, em relação à evolução da cotação do petróleo e dos produtos refinados nos mercados internacionais.
Mediante esta análise, o ACP concluiu que os ajustamentos relativos às subidas e descidas não são feitos com a rapidez devida.
O Automóvel Clube de Portugal afirma que a Galp, a Repsol e a BP, apesar de concorrentes, fazem um ajustamento de preços marcado pela actuação do principal operador de mercado.
Constata-se que o nível de preços praticados em qualquer estação de serviço dos três operadores é exactamente o mesmo, com diferenças mínimas, ao contrário do que se passa noutros países da União Europeia», refere o ACP.
Acrescenta ainda que a frequência com que os preços são actualizados e o montante da actualização é «claramente desigual» no tempo.
O ACP dá a título de exemplo, a cotação do crude a 19 de Maio e a 28 de Julho deste ano, que foi praticamente idêntica, em cerca de oitenta euros o barril, no entanto, os preços do combustível na bomba foram razoavelmente diferentes.
Em 19 de Maio, o preço do gasóleo era de 1,358 euros o litro, e a 28 de Julho era de 1,417 euros.
A diferença registada traduziu-se «num aumento da margem de comercialização e distribuição de seis cêntimos o litro nessas mesmas datas», conclui o ACP.
Foi também registada uma situação idêntica com a gasolina super 95.