Utentes de Serviços Públicos acusam secretário de Estado de ter «grande insensibilidade social»
Carlos Braga entende que as declarações de Fernando Leal da Costa sobre o SNS revelam uma «política de Direita em que se privilegia os interesses dos grandes grupos económicos».
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O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos entende que o secretário de Estado Adjunto da Saúde revela «grande insensibilidade humana e social» ao dizer que os portugueses têm a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do SNS ao prevenir doenças.
Em declarações à TSF, o porta-voz deste movimento considerou que Fernando Leal da Costa está a defender o afunilamento do acesso ao Serviço Nacional de Saúde.
Carlos Braga vê neste tipo de declarações um reflexo de uma «política de Direita em que se privilegia os interesses dos grandes grupos económicos em desfavor do que são os interesses e os direitos das pessoas em terem acesso aos serviços de saúde».
Este dirigente do MUSP lembrou ainda que o «Estado cada vez investe menos nos cuidados de saúde primários optando antes por fazer o tratamento da doença depois de a mesma ser declarada».
«Os cidadãos têm de ter condições para que possam ser correspondidos nessa prevenção da doença», acrescentou Carlos Braga, que lembrou que é de facto necessário que esta prevenção aconteça.
Contudo, o porta-voz do MUSP a ideia de prevenção não tem «correspondido a políticas desenvolvidas pelos sucessivos governos que têm vindo a desproteger os cuidados de saúde primários, criando condições para que seja feito o tratamento após a doença ser declarada».