Carlos Costa defende reforma antecipada para trabalhadores mais velhos e menos qualificados
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, defendeu, ontem, em Lisboa, a necessidade de encontrar mecanismos de pré-reforma para trabalhadores com "longas carreiras contributivas", mas que não se adaptaram às novas condições de trabalho.
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No seminário 'A necessidade de um crescimento robusto para o pós-troika', organizado pelo Fórum para a Competitividade e que decorreu hoje à tarde em Lisboa, Carlos Costa defendeu mecanismos de passagem à reforma de trabalhadores com "longas carreiras contributivas" e com rendimentos e níveis de produtividade decrescentes. «Seria necessário pensar (...) em como encontrar formas adequadas de 'pré-pensionamento' destes trabalhadores que, por razões ligadas à sua formação, à sua longa história de trabalho e até por razões ligadas à própria inadequação às novas condições [de trabalho], hoje frequentam sobretudo centros de saúde para obter licenças médicas e outros mecanismos de ausência temporária», afirmou o governador. Carlos Costa sugeriu este tipo de mecanismos 'pré-pensionamento' como uma possível resposta para o problema do desemprego estrutural em Portugal, cuja absorção «vai levar tempo», já que não se resolve «pela simples inversão do ciclo económico».