Luís Miguel Militão foi condenado, esta quinta-feira, a 150 anos de prisão pela juíza Roseline Facundo, da 4ª Vara Criminal de Fortaleza. O português foi acusado de rapto e assassínio de seis empresários portugueses.
Luís Miguel Militão foi condenado a 150 anos de prisão. A acusação tinha pedido uma pena mínima de 132 e uma pena máxima de 201 anos.
A pena é a soma da punição prevista no Código Penal para os crimes de latrocínio (20 a 30 anos) e ocultação de cadáver (dois a três anos), multiplicada pelo número de vítimas (seis) e acrescida ainda pela pena de formação de quadrilha (um a três anos).
Luís Miguel Militão Guerreiro foi considerado o mentor do crime, tendo sido o único a confessar em juízo a participação na morte bárbara dos seis empresários.
Crime que chocou Brasil e Portugal
Luís Guerreiro vivia no Brasil há um ano, onde casou com a brasileira Maria Leandro Cavalcanti. A 12 de Agosto de 2001 os seis empresários portugueses chegam ao Brasil a convite de Militão, para ver possibilidades de negócio no país. O casal desapareceu na mesma altura que os empresários.
Em Portugal, sem receber notícias, as famílias deram o alarme quando, a 21 de Agosto, os seis empresários não regressaram como previsto. A Polícia Federal de Fortaleza inicia as investigações e chega ao bar de Militão Guerreiro, na Praia do Futuro. Aí enterrados estavam os seis portugueses, com sinais de violentas agressões.
A extorsão de dinheiro aos empresários terá sido o móbil do crime.