O director-geral da Polícia e Guarda Civil espanholas ordenou a abertura de três processos disciplinares por «falta grave» contra três agentes da Unidade de Intervenção Policial (UIP) por agressões nos protestos laicos da semana passada em Madrid.
O responsável considerou que os agentes se excederam nas suas funções durante a carga policial contra os manifestantes que se oponham a gastos públicos com a visita de Bento XVI a Madrid para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
A decisão de Francisco Javier Velázquer foi tomada depois de uma investigação interna aos incidentes da semana passada, ao longo de três dias em que se realizaram protestos.
Uma inspector-geral responsável pelo sector disciplinar reuniu toda a informação disponível, incluindo imagens divulgadas pelas redes sociais que mostravam várias agressões policiais.
O regime disciplinar prevê que uma sanção por uma falta grave acarrete uma suspensão de emprego e salário por um período entre cinco dias e três meses.
Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas e oito foram detidas - entretanto libertadas sem qualquer acusação - em actos que foram já condenados por várias forças políticas e pelos organizadores do protesto, organizações cristãs e laicas.
Um dos vídeos mais polémicos diz respeito à noite de quinta-feira onde se vê como um grupo de agentes anti-motim caminha por uma rua de Madrid, passa por uma jovem - que não se entende se insulta ou não qualquer dos agentes - que é depois agredida na cara e no resto do corpo.
Um jovem que a tenta proteger e retirar do local é também ele agredido pelos agentes, como é, pouco depois, um fotógrafo que tenta registar os incidentes.