O presidente da Comissão Europeia garantiu em Bruxelas ao novo primeiro-ministro grego que a Comissão Europeia disponibilizará os seus «melhores recursos» para ajudar a Grécia, mas ressalvou que antes de mais a Grécia deve ajudar-se a si própria.
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Hoje, numa conferência de imprensa conjunta na sede da Comissão, Durão Barroso e Lucas Papademos falaram da «tarefa herculeana» que o novo primeiro-ministro grego enfrenta, tendo o presidente do executivo comunitário asseverado que a Europa fará tudo para ajudar a Grécia, mas na condição de o país honrar os seus compromissos e mostrar uma unidade nacional mais necessária que nunca.
Lembrando que a Comissão já está a prestar assistência às autoridades gregas através de uma 'task force', Barroso garantiu que Bruxelas está disposta a colocar à disposição da Grécia todos os seus «melhores recursos», mas desde que a Grécia mostre verdadeiro empenhamento em se ajudar a si própria.
«Este é talvez o momento mais delicado dos últimos 18 meses» para a Grécia, advertiu Durão Barroso, que sublinhou a necessidade de o novo governo garantir a estabilidade necessária para a implementação das medidas muito duras que o país tem de tomar.
Apontando que, do lado europeu, há urgência no desembolso da sexta tranche de ajuda à Grécia e na aprovação, até final do ano, do segundo programa de assistência financeira para os próximos três anos, o presidente da Comissão insistiu na necessidade de a Grécia também fazer a sua parte e não se desviar dos seus compromissos.
O presidente da Comissão disse ainda perceber a frustração do povo grego, indicando que não subestima a dor que os cortes estão a causar, mas advertiu que «as alternativas são de certeza muito, muito piores» e disse, por isso, esperar «que o povo grego apoie este governo de transição» e entenda por que são necessárias as medidas de austeridade que estão a ser e serão aplicadas.