Vários países, como França, Alemanha, Estados Unidos e Portugal, criticaram o veto da Rússia e da China a uma resolução do Conselho de Segurança que condenava a violência na Síria.
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A França e a Alemanha falaram em falhanço, enquanto a representante dos Estados Unidos endureceu o tom, ao afirmar-se indignada com a atitude chinesa e russa.
Também o representante português deu conta do descontentamento com a decisão dos dois países.
«O Conselho [de Segurança] falhou ao não assumir as suas responsabilidades perante o povo sírio e ao não cumprir o seu objectivo enquanto primeiro organismo interessado na manutenção da segurança e da paz no mundo», considerou, falando numa decisão «extremamente decepcionante e inaceitável».
Morais Cabral frisou que a resolução que não passou «não era sobre uma mudança do regime, nem procurava impor mudanças a partir do exterior à Síria e, muito menos, autorizar o uso da força ou impor sanções».
«O único objectivo desta resolução era colocar um fim imediato à violência e abrir um diálogo sério que permitisse ao povo sírio escolher o futuro pacificamente», referiu.
Apesar de ter sido absolutamente excluído o recurso à força, não foi possível chegar a um entendimento com os russos e os chineses.
A secretária de Estado Norte-americana, Hilary Clinton, disse que se ofereceu, mediante essa garantia, para negociar com a Rússia, mas não foi possível trabalhar de forma construtiva para que o voto à resolução fosse positivo por parte de Moscovo.