Desfeito o eixo Merkel-Sarkozy, a chanceler alemã deixa o aviso a Paris de que o pacto orçamental não é negociável e, para os gregos, o alerta de que a austeridade não deve ser travada.
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Angela Merkel reafirma que não é viável reformular um acordo, assinado por 25 dos 27 estados membros da União Europeia.
Berlim rejeita quaisquer medidas de crescimento económico que impliquem a criação de mais dívida e sublinha que o caminho para relançar a economia europeia passa por reformas estruturais.
Depois da vitória de ontem, François Hollande voltou a sublinhar aquela que foi uma das bandeiras da campanha. O presidente eleito reafirmou a vontade de dar à construção europeia, uma dimensão de crescimento e emprego e de mostrar aos parceiros europeus, que a austeridade não é uma fatalidade.
A chanceler alemã também disse hoje que nada vai mudar nas relações entre os dois países e que esse relacionamento vai continuar bom como tem sido até ao momento.
Sobre a Grécia, Angela Merkel faz saber que, desde que Atenas cumpra as medidas previstas nos empréstimos internacionais, pode contar com o apoio da Alemanha, independentemente de quem esteja no Governo. Berlim acentua que o plano estabelecido com a Europa é o melhor caminho para a Grécia sair da crise.