A União Europeia (UE) aprovou hoje um reforço das sanções financeiras e comerciais contra o Irão para limitar o financiamento do regime e pressionar as autoridades a retomar as conversações sobre o programa nuclear.
O novo pacote de sanções foi aprovado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, reunidos no Luxemburgo, e inclui uma proibição de princípio de todas as transferências europeias para bancos ou empresas iranianas.
Essa proibição não se aplica no caso de particulares ou de pagamentos de material humanitário, alimentos e equipamento médico.
A proibição das garantias de crédito à exportação, até agora vigente para o médio e longo prazo, passa a incluir também o curto prazo.
As novas sanções visam, pela primeira vez, o setor das telecomunicações e decretam a proibição de importação de gás iraniano, depois da interdição, em julho, da importação de petróleo.
São também proibidas as exportações para o Irão de materiais que possam ser utilizados em programas militares, como a grafite e o alumínio.
O novo pacote inclui ainda medidas como a proibição de registar navios iranianos ou o fornecimento de petroleiros para o transporte de hidrocarbonetos, assim como o congelamento de bens de 30 empresas ligadas aos setores bancário e petrolífero.
Pormenores sobre pessoas e empresas visadas só vão ser conhecidos na terça-feira, mas fontes diplomáticas citadas por agências internacionais indicaram que um dos visados é um ministro iraniano.