O Eurogrupo reune-se hoje, em Bruxelas, com Portugal na agenda do encontro. Pela primeira vez, Maria Luis Albuquerque estará presente enquanto ministra das Finanças.
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Com o eurogrupo à espera de explicações, a nova ministra das Finanças, vai ter de convencer os parceiros da zona euro e «passar uma imagem de tranquilidade».
Como trunfo, Maria Luís Albuquerque trará o acordo alcançado ainda na sexta-feira entre os dois parceiros da coligação, para dizer que Portugal tem um Governo estável.
Por enquanto não é certo que Maria Luis Albuquerque venha a solicitar o adiamento da oitava revisão ao programa de ajustamento, que está marcada para 15 de julho.
Este assunto não estará em cima da mesa porque a questão «não se coloca neste momento» e «não é uma preocupação entre os parceiros europeus», avançou uma fonte comunitária, à TSF.
A mesma fonte admite que tal «pode acontecer» desde que seja Portugal a «pedir». «O único problema de adiar uma revisão ao programa de ajustamento é o atraso da próxima tranche de 2 mil e 800 milhões de euros», afirmou fonte do eurogrupo.
No entanto, a mesma fonte esclareceu que, neste momento, «Portugal não precisa do dinheiro», por já ter assegurando as necessidades de financiamento para este ano, independentemente dos empréstimos da 'troika'.
O eurogrupo considera que «formalmente, esta revisão nem era necessária». Já que Portugal «não está como a Grécia: em desespero para receber o dinheiro».
A fonte já citada afirmou que, por agora, «a questão é apenas saber se há ou não quem tome decisões», acrescentando que uma vez que Portugal tem um primeiro-ministro, um ministro das Finanças e um Governo a funcionar plenamente, «então a revisão faz-se e o adiamento, por agora, na verdade não se coloca».