Os opositores ucranianos começaram hoje a sair da câmara de Kiev, que ocupavam desde dezembro, depois da libertação dos manifestantes detidos durante os protestos contra o presidente.
Corpo do artigo
«A câmara está praticamente vazia», disse um dos líderes opositores Rouslan Andriïko.
[youtube:E-8FnFpx2Bg]
Minutos mais tarde, o embaixador suíço em Kiev, cujo país assegura a presidência rotativa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), entrou no edifício.
«A Suíça foi convidada pelas duas partes em conflito para participar no processo de transferência da câmara para as autoridades», disse o embaixador Christian Schoenenberger.
O edifício da câmara, ocupado pelos opositores ao Presidente Viktor Ianukovich a 1 de dezembro, é juntamente com a praça Maidan, em Kiev, um dos lugares simbólicos da contestação.
A sua evacuação era uma condição chave para a aplicação da lei da amnistia a 234 manifestantes que tinham sido libertados, mas sob os quais recaem ainda acusações de crimes passíveis de penas até 15 anos de prisão.
Situada no bairro central de Khrechtchatik, a câmara foi ocupada na sequência de uma manifestação em protesto pela dispersão violenta de estudantes no centro de Kiev.
O edifício, onde foram instalados uma cantina e um hospital, albergava 700 manifestantes.
A Ucrânia é, há mais de dois meses, palco de protestos antigovernamentais depois de o Presidente Viktor Ianukovich ter rejeitado um acordo comercial com a União Europeia a favor do reforço das relações com a Rússia.