As autoridades ucranianas asseguraram hoje no Conselho de Segurança da ONU que o que está a acontecer no país é «uma operação terrorista em grande escala orquestrada pela Rússia».
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Yuriy Sergeyev, embaixador ucraniano nas Nações Unidas, assegurou que Kiev tem garantias da presença de «forças especiais russas» no seu território que procuram «desestabilizar» a situação em todo o país.
O mesmo responsável explicou que grupos de «10 ou 20» militares russos estão «infiltrados na Ucrânia» para criarem unidades de combate e promover ações contra os interesses governamentais.
O representante de Kiev na ONU explicou que as táticas usadas pelos grupos podem ser equiparadas a ações «terroristas» e são semelhantes às aplicadas na Crimeia, embora tivesse insistido que a Ucrânia não vai permitir que a situação de repita.
Uma ideia partilhada pela embaixadora norte-americana. Samantha Power defende que os grupos armados pró-russos que nos últimos dias ocuparam vários edifícios públicos ucranianos estão equipados como as tropas de elite que ocuparam a Crimeia e afirmou não ter dúvidas de que a Rússia está por detrás desta instabilidade. Uma ideia também defendida pelo Reino Unido, França e Austrália.
Sobre o ultimato do Presidente ucraniano, que ameaçou usar a força caso na manhã de hoje caso os ativistas pró-russos não deponham as armas, o embaixador Yuriy Sergeyev recordou que a Rússia poderia evitar qualquer problema se ordenar que pare a o movimento separatista.
O embaixador pediu ainda a Moscovo que deixe a Ucrânia em paz e apelou ao Conselho de Segurança que assuma um papel «para encontrar uma solução pacífica e correta para a crise».
No entanto, Moscovo rejeita as críticas e nega qualquer intervenção no leste da Ucrânia. Esta noite, o embaixador russo pediu às autoridades de Kiev para cessarem a guerra contra o seu próprio povo e afirmou que depende do Ocidente evitar uma guerra civil na Ucrânia.