Os conservadores de David Cameron reforçaram-se como grandes vencedores das eleições gerais de quinta-feira no Reino Unido, conseguindo a maioria parlamentar através da eleição de 330 dos 650 deputados.
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Numa primeira declaração oficial após a vitória nas eleições gerais de quinta-feira, o líder do Partido Conservador assegurou que governará para todo o Reino Unido, respeitando as quatro nações que o compõem - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte - e os respetivos governos
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Depois de alcançar a maioria absoluta - com 330 dos 650 deputados do parlamento britânico -, Cameron afirmou que todas as promessas eleitorais dos conservadores vão poder ser cumpridas, apontando nomeadamente a redução dos impostos, a criação de milhões de empregos, os apoios às famílias e o referendo sobre a permanência do país na UE.
"Penso verdadeira mente que estamos à beira de algo muito especial no nosso país", disse Cameron na primeira intervenção depois de ser encarregado de formar governo pela rainha Isabel II. O líder conservador fez ainda um elogio ao anterior parceiro de coligação, o liberal-democrata Nick Clegg, que hoje anunciou a demissão na sequência da derrota do Partido Liberal-Democrata.
Para além de Nick Clegg, também o líder do Partido Trabalhista britânico, Ed Miliband, afirmou hoje que assume a "responsabilidade total e absoluta" pela derrota nas eleições e anunciou a sua demissão da liderança. Outra baixa política foi o líder do Partido para a Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage, que anunciou hoje a demissão, depois de falhar a terceira tentativa para entrar no parlamento britânico.
Segundo os resultados oficiais, o Partido Conservador alcançou a maioria absoluta com 330 deputados eleitos, contra apenas 232 do Partido Trabalhistas.
Os outros grandes vencedores destas eleições foram os independentistas escoceses do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que conseguiram 56 dos 59 assentos atribuídos à região, considerada um bastião trabalhista. Os Liberais Democratas ficaram-se pelos oito deputados eleitos, contra 56 no parlamento cessante.