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Paula Teixeira da Cruz confirmou, este sábado, que o PSD vai votar contra o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e acusou o Governo de conduta «inaceitável».
Em conferência de imprensa, Paula Teixeira da Cruz, vice-presidente do partido, afirmou que «depois da deslealdade, veio a mentira» e acusou o primeiro-ministro de dizer que negocia quando já decidiu, falando em «embuste» e falta de credibilidade.
A social-democrata reforçou que o partido «não viabilizará medidas injustas», considerando que o Governo deve apostar no corte da despesa do Estado e na promoção do crescimento económico em condições de igualdade, sem faltar «à verdade aos portugueses».
O PSD não tem dúvidas de que o Governo assumiu um compromisso de facto com Bruxelas sobre as medidas que agora diz querer negociar com a oposição.
O semanário Expresso deste sábado noticia que dia 10, véspera da reunião de José Sócrates em Bruxelas e do anúncio das medidas por Teixeira dos Santos em Portugal, chegou uma carta a Bruxelas do primeiro-ministro, partilhando o que chama de orientações políticas gerais e medidas que o Governo português se compromete a adoptar para enfrentar os grandes desafios económicos.
Este frase é desvalorizada pelo próprio gabinete de José Sócrates, que fala ao Expresso em formalidades normais.
Ainda do debate parlamentar desta sexta-feira, o social-democrata Miguel Macedo insistiu com o primeiro-ministro para que ele assumisse que estabeleceu um compromisso com Bruxelas, mas José Sócrates respondeu sempre que se tratava de um plano gizado e que estava disponível para «negociar».
Paula Teixeira da Cruz frisou que o primeiro-ministro sabe que não pode negociar «por ter assumido o compromisso com as instituições europeias».
O Governo apresenta segunda-feira aos partidos políticos o novo PEC. Ao que a TSF conseguiu apurar junto de fonte do Executivo, vão ser clarificados alguns aspectos do documento. Em princípio, Pedro Passos Coelho integra a delegação do PSD.