O Observatório Permanente da Justiça (OPJ) vai abordar a «morosidade, ineficiência e acesso à justiça» na reunião com os representantes do FMI, da Comissão Europeia e do BCE.
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O presidente do Observatório Permanente da Justiça (OPJ) vai defender quarta-feira, numa reunião com a troika que planeia a ajuda financeira a Portugal, que a justiça «deve continuar a ser financiada adequadamente».
Em tempo de crise, o catedrático jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra prevê que «vai aumentar a litigação» nos tribunais portugueses.
Segundo Boaventura Sousa Santos, «morosidade, ineficiência e acesso à justiça» são as «questões fundamentais» que a delegação do OPJ vai abordar com a troika, num encontro que está marcado para as 9h00, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
«Continuamos com atrasos muito graves na justiça que prejudicam os cidadãos e as empresas», disse.
O sociólogo salientou que, neste momento, é necessário «chamar a atenção para a importância da justiça no nosso país».
Lamentando que persistam «atrasos que têm custos económicos e para os cidadãos», Boaventura Sousa Santos disse que o OPJ propõe soluções «que resolvam essa ineficiência».
Nos serviços de Registo e Notariado «tem havido progressos notáveis», comentou. «Cremos que na justiça em geral isso seja possível», designadamente com uma aposta mais forte na informatização, concluiu.