
Base da NATO em Oeiras
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Apesar de lamentar esta despromoção, Reis Rodrigues diz que «faria muito pouco sentido que o país passasse a alojar e a apoiar um comando de uma força na qual não participa».
O almirante Reis Rodrigues, antigo vice-chefe do Estado-maior da Armada, lamentou a despromoção da base da Oeiras da NATO para comando marítimo e defendeu que a haver uma força naval da NATO deveria incluir meios portugueses.
Para este militar, que chegou a comandar a base de Oeiras, «faria muito pouco sentido que o país passasse a alojar e a apoiar um comando de uma força na qual não participa», problema que acha que vai acabar por se pôr.
«Portugal sempre participou nas forças navais da NATO e terá de arranjar maneira também de contribuir, porque doutra forma não parece fazer sentido associar Portugal a este comando».
Reis Rodrigues indicou ainda que preferia que o comando conjunto fosse mantido, até por causa das razões apresentadas por Portugal de que a manutenção deste comando significaria uma «janela da NATO virada para o Atlântico Sul, onde se conciliam interesses de vários países-membros da NATO».
«Nestas coisas, há sempre um jogo de influências e interesses que têm de ser ponderados globalmente. Prevaleceram outros interesses. Não acho que seja uma coisa que não se possa compreender com alguma facilidade», sublinhou.