O teste de Investigação Criminal e Gestão de Inquérito do curso para magistrados, que foi anulado devido a um copianço entre os auditores de Justiça, foi repetido a 27 de Junho.
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Numa nota divulgada, o Centro de Estudos Judiciários (CEJ) refere que, na sequência da recomendação do Conselho Pedagógico de 20 de Junho, repetiu-se dia 27 de Junho, o teste de ICGT, com a duração de hora e meia, com consulta restrita aos textos legais aplicáveis, exigindo resposta a nove perguntas, sendo uma para desenvolvimento.
Segundo um quadro de resultados (que exclui os auditores cooperantes dos países de língua oficial portuguesa), os 120 auditores tiveram todos positiva - oito (com nota de 10 a 12), 18 (nota 12-14) e 94 (mais de 14).
O caso do copianço generalizado no primeiro teste de Investigação Criminal e Gestão de Inquérito acabou por levar à demissão da juíza desembargadora Ana Luísa Geraldes das funções de directora do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), pedido aceite pela nova ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Depois de uma primeira decisão de classificar todos os alunos apanhados a copiar com a nota dez , o Conselho Pedagógico do CEJ decidiu mandar repetir o teste de IOCGI, anulando a classificação atribuída.
Fonte do Conselho Pedagógico disse então à Lusa que foi determinado «manter a anulação da prova, elaborar um novo teste que não será do tipo americano, ou com cruzes, e instaurar um inquérito para averiguar» o copianço generalizado que levou a direcção a atribuir a mesma nota 10 a 137 alunos, futuros magistrados do Ministério Público e juízes.
Na altura, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, classificou o caso do copianço de «eticamente censurável, lamentável e desprestigiante».