A bancada do PSD fez uma chamada falsa para o 112 para testar o tempo de espera no atendimento do INEM, que agora ronda, segundo o presidente do Instituto, cinco segundos.
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) compareceu, esta quarta-feira, a pedido do CDS antes de mudar o Governo, na Comissão Parlamentar de Saúde.
A deputada social-democrata Joana Barata Lopes, questionando os tempos de atendimento das chamadas de emergência, anunciou que durante a audição desta quarta-feira o «grupo parlamentar do PSD fez uma chamada para o serviço 112» e a chamada demorou 14 segundos a ser atendida.
Uma chamada de teste, justificou a deputada, dizendo que o grupo parlamentar enquanto representante dos eleitores e cidadãos quis verificar se de facto as chamadas demoravam mesmo cinco segundos a ser atendidas pelo INEM.
Esta valor, que é um «exemplo meramente identificativo», frisou a deputada, ficaou aquém do que tinha sido indicado num relatório do Tribunal de Contas (12 a 13 segundos) e dos cinco segundos recomendados por aquele tribunal e pela média europeia.
O presidente do INEM esclareceu que não se pode confundir o 112 com o INEM. «Quando ligamos para o 112, a chamada não é atendida pelo INEM, mas pela policia. Os meus tempos só podem começar a partir da minha responsabilidade», acrescentou.
A deputada insistiu dizendo que ao utente apenas interessa o «tempo de espera efectivo».
Miguel Soares de Oliveira voltou a explicar que a tutela do número 112 é da polícia e seguiu a deixa que tinha sido pouco antes lançada pela deputada socialista Luísa Salgueiro. «Foi aqui dito - quem sou eu par a julgar - que chamadas falsas para o 112» constituem eventualmente um crime, apontou.
A deputada do PSD quis voltar a intervir, mas a audiência fechou com Joana Barata Lopes a retirar o pedido.