
António José Seguro
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O líder do PS defendeu hoje que nem os representantes da troika, nem o Governo têm legitimidade democrática para reduzir salários ou rever as tabelas salariais da Função Pública.
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Reduzir salários da Função pública, nem pensar. É a posição de António José Seguro, depois do Governo ter anunciado que ia preparar até ao fim do próximo ano uma revisão dos escalões salariais do sector público.
«O Governo português não tem legitimidade democrática, nem eleitoral para fazer, passado cinco meses de eleições, uma proposta desta natureza seja por via da redução, seja por via da revisão das tabelas salariais na Função Pública. O Partido Socialista estará contra esta estratégia de empobrecimento e de redução dos salários», afirmou.
O líder do PS falava no congresso da corrente sindical socialista da CGTP, numa tribuna onde estava afixado um cartaz da greve geral.
Sobre a paralisação da próxima quinta-feira, nem uma palavra. Isso coube a João Proença, da UGT.
«Diria que é contra isto de facto que surge a greve geral. É contra uma política do 'posso, quero e mando', é contra uma política de dizer que os trabalhadores têm de pagar a factura principal da crise», sublinhou João Proença.
Pela primeira vez, um secretário-geral socialista vai a este encontro sindical. Seguro quis vincá-lo: «Um Partido Socialista tem que estar onde estão as trabalhadoras e os trabalhadores».
Contra a redução salarial, contra a sobretaxa sobre o subsídio de natal, contra o corte dos dois subsídios no próximo ano, António José Seguro marchou, ou melhor, discursou ao lado dos sindicalistas.
Amanhã, segunda-feira, o PS apresenta as propostas de alteração ao Orçamento.