O chefe da Casa Civil da Presidência da República rejeitou o envolvimento de Cavaco Silva em «interpretações especulativas» sobre o relacionamento entre órgãos de soberania.
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«Na sequência de notícias veiculadas nos últimos dias em órgãos de comunicação e que tentam envolver o Presidente da República na origem de meras interpretações especulativas sobre o relacionamento entre órgãos de soberania, esclarece-se que essas notícias não têm fundamento», refere Nunes Liberato, numa declaração escrita enviada à agência Lusa.
Na nota, Nunes Liberato recorda ainda que o Presidente da República é «um órgão unipessoal« e que «as únicas pessoas habilitadas para falar em nome» de Cavaco Silva são os Chefes da Casa Civil e da Casa Militar.
No sábado, o semanário Expresso noticiou a existência de uma «divisão profunda» entre o Presidente da República e o Governo, com o chefe de Estado a discordar de alguns cortes na despesa e a temer «sangrias» na função pública e na saúde.
No domingo, o jornal Público referia que «é absoluta a discordância de algumas das mais proeminentes personalidades do cavaquismo e do próprio Presidente da República sobre a condução da política orçamental e as prioridades para a organização das finanças públicas, que têm sido adoptadas pelo Governo».
Antes, o ministro Paulo Portas, questionado pelos jornalistas sobre estas relações, evitou responder.