A criminalidade participada à GNR, PSP e PJ desceu 2% em 2011 face ao ano anterior, tendo a violenta e grave sofrido uma diminuição de 1,2%, revela o Relatório de Segurança Interna.
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De acordo com o documento, a que a agência Lusa teve acesso e que está a ser analisado pelo Conselho Superior de Segurança Interna, em 2011 aumentaram os crimes de roubo por esticão (mais 21,2 por cento), roubo a ourivesarias (mais 14,2 por cento), furto em residência (mais 6,2 por cento) e roubo em residência (mais 7,3 por cento).
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2011 indica ainda que, as forças de segurança receberam um total de 405.288 participações, menos 8312 queixas do que em 2010.
É também referido que foram registados 24.154 crimes violentos e graves, menos 302 casos do que no ano anterior.
Em 2011, as forças de policiais e de segurança registaram uma descida nos crimes de homicídio voluntário consumado (menos 17,6 por cento), violência doméstica (menos 7,2 por cento), crimes sexuais (menos 1,1 por cento), roubos na via pública (menos 11,4 por cento) e furto de veículo motorizado (menos 4 por cento).
Também foi apurada uma diminuição na criminalidade grupal (menos 2,9 por cento) e a delinquência juvenil desceu para quase metade (menos 49 por cento).
Quanto as participações por distrito, Lisboa registou 105.980, menos 1,7 por cento, Porto 64.632 (menos 1,6 por cento), enquanto em Setúbal as forças policiais registaram 36.469, o que totaliza mais 1,1 por cento.
Os distritos que verificaram uma maior subida da criminalidade violenta e grave (com percentagens superiores a 8 por cento) foram Bragança e Portalegre.
Com uma subida percentual até 8 por cento, o RASI aponta os distritos de Leiria, Vila Real, Guarda, Beja, Setúbal e Évora.
Relativamente à criminalidade violenta e grave, Setúbal registou um aumento percentual de 3,4 por cento (mais 106 ocorrências), enquanto Lisboa desceu 1,6 por cento (menos 175 ocorrências) e no Porto menos 2,1 por cento (menos 76 ocorrências).
No capítulo da investigação criminal realizaram-se 385.319 inquéritos, 9.172 buscas, das quais 6.663 domiciliárias, 11.440 escutas telefónicas e apreendidas 2.911 armas e 26.333 munições. Realizaram-se ainda 21.350 detenções.
O relatório indica ainda que em 2011 havia 12.681 reclusos (mais 1.068 face a 2010), dos quais 2.548 eram estrangeiros.
Quanto aos principais incidentes nos aeroportos nacionais, verificou-se um aumento de 40 por cento de furtos em zonas públicas e de 34% em zonas restritas de segurança, quando comparados com valores de 2010.
Nos aeroportos foram também registados 32 por cento de passageiros desordeiros. Não houve registos de ameaça de bomba.
Pela primeira vez, o RASI contempla as ocorrências e incidentes nos aeroportos nacionais e a situação dos portugueses reclusos em países estrangeiros.