O primeiro-ministro justificou o congelamento das reformas antecipadas com a necessidade de garantir que Orçamento de Estado não ficava em risco.
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«A decisão que o Governo tomou teve apenas a preocupação de garantir que o efeito que o recurso a reformas antecipadas estava a ter sobre o orçamento da segurança social não pusesse em risco a execução do nosso orçamento para este ano», afirmou Passos Coelho em Maputo.
«Havia uma conjuntura anormal de recurso a essas decisões e o Governo tinha uma de duas possibilidades: continuar a deixar correr este ciclo de impacto muito negativo sobre as contas da segurança social ou, como é próprio nestas situações, tomava a decisão de suspender esse recurso legal, o que significa que não o podia fazer senão nesses termos», acrescentou.
Passos Coelho manifestou-se ainda disponível para alcançar «um texto que possa constituir um grande denominador comum entre o Governo e PS» sobre a Europa, mas recusou o aval «à visão específica» socialista em matéria europeia.
«Estamos disponíveis para poder chegar até a um texto que possa constituir um grande denominador comum entre o Governo e PS sobre a questão da Europa, não sobre um texto que possa ser uma espécie de divisão mais próxima de uma das partes do que das duas», disse.