O presidente deste sindicato explicou que estes problemas levaram já ao transbordo de reclusos bem como a dificuldades na execução de algumas diligências.
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O presidente do Sindicato da Guarda Prisional confirmou a existência de problemas com viaturas ao serviço dos guardas prisionais, que levaram ao atraso e mesmo ao cancelamento de algumas diligências.
Em declarações à TSF, Jorge Alves deu conta de casos de viaturas que ficaram paradas enquanto estavam em serviço, situações que obrigaram ao transbordo de reclusos.
Este sindicalista explicou ainda que a falta de viaturas levou à não realização de algumas diligências, uma vez que muitas viaturas «estão a ir para a oficina para serem reparadas».
«Então ficamos com muito menos viaturas, o que realmente dificulta a nossa atividade na realização das diligências aos tribunais, hospitais e saídas administrativas em que temos de acompanhar os reclusos», acrescentou.
Jorge Alves considera ainda que o curso de formação de guardas que arranca ainda em abril não vai resolver o défice de vigilância nas prisões portuguesas.
Este responsável lembrou a entrada de 517 reclusos em 2012 até 15 de março nas prisões portuguesas, «mais de metade do pessoal que entrou o ano passado para as prisões em dois meses e meio, o que é preocupante».
O presidente deste sindicato notou, contudo, que não houve reforço dos guardas prisionais, uma vez que os últimos a entrar fizeram-no há dois anos, sendo que os próximos estarão apenas preparados dentro de seis meses.