A UNESCO não vai mudar de ideias tão cedo em relação à Barragem do Tua, nem deslocar-se a Portugal antes da reunião do Comité do Património Mundial marcada para o final do mês.
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Nem era preciso haver um convite do Governo de Lisboa, porque esse era já um dos pontos do projeto de decisão da UNESCO. Trata-se do documento que vai servir de base à discussão sobre a construção da barragem da EDP nas paisagens do Douro, classificadas como Património Mundial.
Uma discussão marcada para o final do mês, em São Petersburgo, na Rússia. Nesse documento, além de recomendar o envio de uma nova missão a Portugal, os peritos aconselham a suspensão imediata das obras.
Uma fonte do Centro do Património Mundial da UNESCO em Paris, adianta à TSF que a nova missão vai avaliar o impacto da construção da barragem e é com base nesse relatório que vai depois ser tomada a decisão de manter ou retirar o título de património da humanidade.
O processo pode assim prolongar-se durante mais um ano, porque as decisões são tomadas apenas nas reuniões do Comité do Património Mundial.
A UNESCO explica ainda que não pediu quaisquer esclarecimentos ao Governo português sobre toda esta questão, mas o executivo de Lisboa tomou a iniciativa de fazer chegar a Paris um dosssier com os argumentos do Estado português.