
António José Seguro
O secretário-geral do PS considerou que a dimensão mais grave da crise europeia é política e defendeu que a solução passará em larga medida pela eleição direta do presidente da Comissão Europeia.
António José Seguro defendeu, esta terça-feira, que o presidente do órgão executivo da UE seja eleito diretamente por todos os eleitores da Europa, com base em programas políticos claros.
O líder do PS sublinhou que não é possível pedir contas a Merkel, porque os portugueses não votaram nela. Daí a sugestão feita numa conferência organizada pela Universidade Católica no Estoril.
«Há hoje uma pessoa que decide muito sobre a vida coletiva em Portugal, para a qual não votei, nem tenho possibilidades de votar e para a qual nem sequer tenho possibilidades de pedir contas pela forma como ela tem vindo a tomar decisões. Só há uma maneira de resolver esta questão: Permitir a todos os europeus que possam escolher, na base de programas políticos claros, quem devem ser os responsáveis pela governação económica, social e política da União Europeia», sustentou.
Considerando incompreensível que o BCE empreste dinheiro à banca a 1% e os bancos, depois, voltem a emprestar aos particulares e empresas a 3% e 4%, Seguro propôs ainda que o Banco Central empreste diretamente aos Estados.
O secretário-geral do PS frisou que nem sequer é necessário rever os tratados, bastanto, para isso, atribuir uma licença bancária ao mecanismo europeu. Seguro defendeu uma união bancária na UE.