Cerca de 100 mil pessoas participaram este sábado, de forma pacífica, na manifestação convocada para Lisboa pela CGTP, que terminou com o secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos, a admitir a convocação de uma greve geral. Veja aqui imagens deste protesto.
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Agendada para as 15h00, a concentração começou a ganhar dimensão uma hora com trabalhadores de todo o país a chegar à capital e a encher as ruas e praças que atravessam os cerca de 23 hectares da baixa lisboeta.
Milhares de trabalhadores, desempregados e reformados ocuparam os Restauradores, Terreiro do Paço, Rossio e as ruas do Ouro, Augusta e da Prata.
As primeiras imagens do Terreiro do Paço mostravam uma enorme mancha vermelha de bandeiras da CGTP, mas a praça foi-se enchendo gradualmente com cores de estandartes de outros sindicatos e cartazes feitos à mão, por quem garantia não pertencer a qualquer organização.
Na concentração de hoje não faltaram músicas de intervenção, buzinadelas e assobios de quem garantia que "o povo unido jamais será vencido".
Hoje, muitos gritaram na baixa pombalina que os governantes são "gatunos" e que a solução dos seus problemas passa pela demissão do governo.
A concentração decorreu de forma pacífica com a presença de dezenas de elementos das forças de segurança que hoje se vestiram à civil para poder também contestar as medidas governamentais. A passagem dos agentes pela rua Augusta foi recebida com fortes aplausos por quem escolheu o sábado à tarde para ir passear para a baixa pombalina.
Vários movimentos sociais juntaram-se à manifestação, nomeadamente os responsáveis pelo protesto de 15 de setembro - subscritores do apelo "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" - e a Plataforma 15 de Outubro.
Por volta das 18h00, o silêncio voltou ao Terreiro do Paço, com os milhares de manifestantes de regresso a casa.