Portas propõe «contrato de sociedade» entre partidos e instituições

É um dever de todos assegurar as condições para que Portugal possa ultrapassar esta crise, e se no caso do Orçamento de Estado a aprovação é uma condição para o cumprimento do acordo com a troika, o líder do CDS e ministro dos Negócios Estrangeiros alarga o perímetro da responsabilidade e fala em «contrato de sociedade».

«Só uma redução estrutural da despesa dispensa o nosso país de medidas extraordinárias (...). Em certo sentido é um modo de vida, é um contrato de sociedade, é um paradigma social que nós temos de saber trabalhar com o máximo de competência e justiça de que somos capazes», afirmou.

«E, não creio que quando falamos de despesa estrutural se possa considerar que essa é uma matéria que apenas implica ou convoca um Governo de uma certa conjuntura», sublinhou Portas, na sessão de abertura das jornadas parlamentares da coligação, esta tarde na Assembleia da República.

Paulo Portas nunca usa a expressão pacto de regime mas sublinha a importância do Partido Socialista (PS) e das instituições, leia-se Presidência da República.

«Este exercício com muita dificuldade deve convocar os partidos e as intuições, sem prejuízo da sua identidade própria, no arco da governabilidade em Portugal para se fazer um esforço especial de consenso e de coesão. Porque ultrapassar um exame sobre despesa estrutural, conseguindo fazê-lo de forma bem sucedida, é algo que beneficiará não só o país como um todo, como todos os governos que Portugal terá nas próximas décadas», vincou.

A bem do valor máximo da estabilidade governativa e porque só assim, diz o líder centrista, com o envolvimento de todos se garante a recuperação da pela soberania nacional.

Na abertura das primeiras jornadas parlamentares da coligação também o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, deixou palavras para o PS, considerando que o Orçamento que está em debate é de salvação nacional.