
Cavaco Silva
O chefe de Estado diz que ninguém o vai pressionar sobre o próximo orçamento. Quanto à reforma do Estado, Cavaco Silva defende que é preciso envolver os partidos e a sociedade.
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Não só os partidos, mas também os portugueses. Se é para falar na redefinição das funções do Estado, todos têm que ser ouvidos, sublinhou Cavaco Silva.
«Se se colocar, com urgência, a necessidade de um debate aprofundado sobre o papel do Estado, então temos que convocar todas as forças políticas e a sociedade portuguesa em geral», defendeu.
No dia em que recebeu em Belém António José Seguro, o PR avisou que não vai deixar que o pressionem para enviar o orçamento para o Tribunal Constitucional.
«Eu irei guiar-me por pareceres jurídicos aprofundados e não por qualquer ideia que aqui ou ali se formula, mas bastante superficial», destacou.
E se o PS tem falado num clima de «pré-rutura social», e se os portugueses têm saído à rua para se manifestarem contra o Orçamento, Cavaco Silva apelou à não violência.
Depois de muito criticado por se ter remetido ao silêncio nas últimas semanas, o chefe de Estado voltou hoje a falar. Já não o fazia desde o 5 de Outubro.
Cavaco Silva deixou o recado: numa altura como esta, «o Presidente da República tem que ser muito ponderado e ter muito bom senso».