
Uma avaliação externa ao plano de combate à toxicodependência elogio o respeito pelos direitos humanos, mas aponta a necessidade de se fomentarem ações de formação.
O relatório de avaliação externa do "Plano Nacional Contra a Droga e Toxicodependências [PNCDT] 2005-2012", adjudicado por concurso à empresa Gesaworld, concluiu que o desenvolvimento das intervenções previstas neste plano permitiram obter, em 2012, uma série de resultados positivos.
O documento considera que o PNCDT assenta no respeito pelos direitos humanos, não marginalizando nem estigmatizando os consumidores, antes apoiando-os e fomentando a sua participação na interrupção dos consumos, e na diminuição dos comportamentos de risco.
Segundo a avaliação, este plano é «integral e integrado» entre os diferentes setores e níveis de intervenção, garantindo a sua continuidade, e coloca o indivíduo no centro das intervenções.
O PNCDT colocou em destaque os ganhos em saúde, individual e pública, tendo permitido alcançar «resultados muito positivos», na redução do contágio de doenças infecciosas.
O relatório elogia ainda as intervenções de prevenção e combate à criminalidade, que permitiram aumentar a segurança da população.
A aposta no planeamento e alocação de recursos, com base nas necessidades identificadas, nomeadamente em áreas de intervenção prioritária, assim como a diversificação dos modelos e áreas de intervenção, como o meio laboral ou grupos específicos, são igualmente referidos no documento.
Na opinião dos avaliadores, o PNCDT criou uma cultura de registo, monitorização e avaliação de resultados, e promoveu a formação contínua e a investigação.
Em termos de recomendações, é apontada a necessidade de fomentar ações de investigação, formação e sensibilização dos profissionais, com principal enfoque nos que não são especializados na abordagem e comportamentos aditivos.
O planeamento adequado das intervenções, baseado numa atualização periódica dos diagnósticos de necessidades, tendo em conta «a ampliação do objeto para intervenção em comportamentos aditivos e dependências» é igualmente recomendado, assim como a existência de uma oferta de serviços diversificados, adaptados à introdução de outros comportamentos aditivos e dependências, não considerados neste plano.
O documento sublinha também a necessidade, para o próximo ciclo estratégico, de um «financiamento adequado».