As associações de sargentos e oficiais das Forças Armadas consideram que o ministro da Defesa agiu à margem da lei e reclamam a demissão de Aguiar-Branco.
Corpo do artigo
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas pede a demissão do ministro da Defesa, considerando que o governante mostra ter uma visão antipatriótica nos cortes que propõe para reduzir a despesa.
Ouvido pela TSF, Manuel Cracel, da AOFA, diz que o ministro Aguiar-Branco não merece o lugar que ocupa depois de ter afirmado que os cortes nas Forças Armadas podem não ficar por aqui.
«O sr. ministro tem uma visão profundamente errada e antipatriótica. Um homem destes não pode estar à frente do Ministério da Defesa», sublinhou.
Por seu turno, o presidente da Associação de Sargentos, Lima Coelho, lamenta que o ministro não tenha falado de forma clara em relação aos cortes.
De acordo com o ministro, a reforma estrutural das Forças Armadas prevê que o efetivo máximo dos ramos se situe entre os 30 e os 32 mil militares, o que significará uma redução de entre seis a oito mil homens.