
Global Imagens/Paulo Spranger
A cerimónia de entrega do Prémio Leya ao escritor Nuno Camarneiro juntou à mesma mesa o presidente do juri, Manuel Alegre, e o Presidente da República.
Cavaco Silva, o Presidente da República, e Manuel Alegre, o poeta. O frente a frente da campanha eleitoral transformou-se num lado a lado na entrega do Prémio Leya
O presidente do júri deixou, antes de mais, um agradecimento. «Estou muito sensibilizado com o sr. Presidente da República, cuja presença veio dar a esta cerimónia uma outra dimensão e realçar a importância que atribui à língua portuguesa e ao espaço da lusofonia», salientou Manuel Alegre.
Nuno Camarneiro recebeu das mãos de Cavaco o prémio e ouviu da caneta de Alegre a crítica a um país que, por vezes, parece esquecer-se da cultura.
De igual modo, Cavaco Silva defendeu a necessidade de tirar partido da projeção crescente da literatura de língua portuguesa no estrangeiro.
As «dúvidas, os medos e os remorsos» que fazem parte dos portugueses de 2013 assaltaram também o discurso de Nuno Camarneiro.
«A vida não pode ser vivida sem o mínimo de poesia. Mesmo em períodos de fome, guerra, de homens a comerem homens, há sempre alguém capaz de cantar ou de escrever um verso na margem dos dias», salientou o escritor.
«Debaixo de algum céu» foi o título do livro que deu a nuno Camarneiro o Prémio Leya.