A Câmara de Lisboa admite que tão cedo a cidade não vai ter o anunciado sistema automático de leitura de matrículas para travar a entrada de automóveis antigos.
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Em declarações à TSF, Nunes da Silva, vereador da mobilidade da autarquia de Lisboa, diz que o sistema é indispensável para melhorar a qualidade do ar e atingir as metas definidas há vários anos pela União Europeia (UE).
Há mais de um ano que os carros anteriores a 1996 e 1992 estão proibidos de andar em várias zonas de Lisboa. A câmara queria apertar ainda mais a malha e travar os carros anteriores a 2000.
O problema é que não existem polícias para fiscalizar tantas ruas e a solução encontrada foi o sistema de leitura de matriculas que devia arrancar este mês mas, na melhor das hipóteses, vai estar a funcionar no início de 2014. .
Nunes da Silva responsabiliza a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) que tem o processo em avaliação há três meses.
O vereador diz que sem a leitura de matrículas é impossivel chegar à qualidade do ar prevista há muito pela UE. A CNPD já avisou que o parecer só deve chegar em setembro.
O vereador da mobilidade explica que o Estado arrisca-se, quase de certeza, a pagar uma pesada multa de dois milhões de euros. Nunes da Silva já pediu, por isso, uma audiencia à Comissão de Protecção de Dados para alertar para a urgência de aprovar o sistema de leitura de matrículas.