
Global Imagens/Pedro Rocha
A CGTP diz que mantém esta intenção, apesar de se terem invocado «pretextos falsos e mentirosos» no parecer técnico desfavorável do Sistema de Segurança Interna.
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, refutou a existência de «questões técnicas de segurança» e considerou que o «problema deixou de ser técnico e passou a ser político», acrescentando que «o que é normal para um corrida [de atletismo] não é para uma manifestação».
O Sistema de Segurança Interna (SSI) deu um parecer técnico desfavorável à realização, a 19 de outubro, por parte da CGTP, de uma marcha de protesto cujo itinerário inclui a ponte 25 de Abril, invocando diversos riscos de segurança.
«A CGTP-IN não deixou de registar que já se realizaram várias iniciativas de grande dimensão na Ponte 25 de Abril, envolvendo dezenas de milhares de participantes, onde estas questões foram ultrapassadas», disse o sindicalista.
Referindo que não «houve qualquer objeção na marcha prevista para a Ponte do Infante», no Porto, no mesmo dia, Arménio Carlos referiu que foram também «levantadas questões relacionadas com a plataforma ferroviária» da Ponte 25 de Abril.
«Não haverá qualquer acesso à plataforma do comboio. Antes, houve corridas em que os comboios circulavam ao mesmo tempo que as iniciativas e não compreendemos por que razão se fala agora nesta situação», disse.
Arménio Carlos afirmou que se está a realizar «um veto político» e sublinhou que a CGTP-IN está recetiva a resolver a questão através do diálogo, anunciando nova reunião com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, com quem esteve reunido hoje.
Esta reunião, informou, decorrerá ainda dirante esta semana e terá a presença dos presidentes das câmaras municipais de Lisboa e Almada e do Sistema de Segurança Interna.
Em comunicado, o SSI adianta que, após reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Ponte 25 de Abril, a 04 de outubro último, foi emitido um parecer técnico desfavorável à realização do evento para o itinerário da marcha comunicada pela CGTP e que o documento foi transmitido aos gabinetes dos presidentes das Câmaras Municipais de Lisboa e Almada e à PSP, enquanto Autoridade Policial territorialmente responsável pela segurança.
A sustentar o parecer técnico desfavorável são invocados «diversos riscos de segurança», em especial o «número desconhecido de participantes», a «inexistência de meios preparados para garantir a segurança dos equipamentos e dos acessos à plataforma ferroviária da ponte» e ainda o que «toca à gestão dos acessos» à dita infraestrutura.
Esta posição surge depois de a CGTP ter enviado às Câmaras Municipais de Lisboa e de Almada uma comunicação de marcha contra a exploração e o empobrecimento, a 19 de outubro, cujo percurso incluiria a ponte 25 de Abril.