Ainda não é certo se será Paulo Portas ou Pedro Mota Soares a fazer uma declaração. O líder do CDS vai tomar hoje uma atitude pública de esclarecimento sobre as pensões de sobrevivência.
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Fonte próxima do líder do CDS revelou à TSF que os trabalhos técnicos de modelação das pensões de sobrevivência estão concluídos.
Essa proposta final vai ser revelada hoje, antes mesmo de ser discutida no domingo, em sede de Conselho de Ministros extraordinário e no dia seguinte ao Conselho Nacional do CDS.
Ao que a TSF apurou, Paulo Portas vai querer fazer ver que «a condição de recursos na pensão de sobrevivência vai ser muito mais contida» e «protetora dos pobres e das pessoas com dificuldades» do que disseram os que «quiseram assustar os idosos».
Os tetos vão ficar bastante acima dos 629 euros. Os cortes nas pensões de sobrevivência, e depois de aplicada a condição de recurso, hão-de afetar apenas pensões acima de 1500 ou 2000 euros, revelaram à TSF fontes da Direção do CDS.
Paulo Portas «quer fazer engolir as palavras a todos os que o acusaram de mentir de não defender os mais pobres». É uma espécie de defesa da honra, o que vai acontecer este sábado.
O vice-primeiro ministro não há-de recorrer novamente à expressão «cisma grisalho», mas quer deixar bem claro perante o país e, principalmente, perante os idosos e pensionistas que com ele no Governo há sensibilidade social na austeridade.
Portas quer recuperar a imagem afetada esta semana e a credibilidade, e quer fazer ver ao povo que o primeiro Orçamento de Estado da era Portas enquanto vice-primeiro ministro com a responsabilidade das pastas económicas vai ter marca CDS.